sábado, 31 de outubro de 2009

HALLOWEEN!

Felícia ajeitou sua fantasia de fada cheia de glitter e saiu de casa com seu balde laranja decorado com abóboras. Ela tinha feito com tanto carinho aquele baldinho, tinha até pena de usá-lo.
- Lice! - Peter a gritou da pracinha coberta de rolos de papel higiênico. - Achei que não vinha mais.
- Ah, Pete, por favor, eu tenho cara de quem perde uma noite de Halloween? - Ela lançou seu sorriso amigável. Os dois seguiram pulando pela cidade. - Você ficou ótimo de Frankstein! - Felícia gargalhou.
- Obrigado! Eu tive um trabalho do cacete pra fazer isso! - Ele sorriu. Então paráram em frente uma porta decorada de bruxinhas e fantasmas.
- Doçuras ou travessuras? - Os dois exclamaram juntos quando a porta abriu mostrando um homem de família com um chapéu de bruxo que sorria.
- Doçuras! - O homem gargalhou sozinho, sem motivo. Pete e Felícia se olharam. Qual era a daquele cara? Então ele deu doces caros em uma quantidade absurda pra cada um deles.
- Não precisa preencher todo o meu baldinho, senhor, obrigada. - Felícia se adiantou. Preferia passar de porta em porta, mesmo que aqueles doces fossem deliciosos.
- Disponha. - Ele contiunou sorrindo enquanto os dois jovens se viravam. - Ah, meninos! Não compartilhe desses doces com nenhum outro humano. Eles foram feitos pra vocês. - E o homem não ria mais. Peter olhou estranho pra Felícia e eles sairam dali.
- Estranho. - Peter riu.
- Estranho é pouco. - Felícia ria. - Bom, é Halloween, não compartilhe seus doces com nenhum outro humano, haha. - Os dois seguiram e encontraram Julie vestida de feiticeira e Aaron de fantasma. Os quatros seguiram de casa em casa.
- Ah, estou entediada! - Julie grunhiu.
- Como assim? É Halloween! - Peter pulava gesticulando.
- Ah, está muito fácil. Até agora não pregamos nenhuma travessura, assim não tem graça. Já estava pronta pra jogar ovo na casa de alguém. - Julie riu.
- Que má! - Aaron puxou a namorada pra si. - Mas você até que tem razão. Bom, um dia você ia ter que ter, não? - Ele riu.
- Cala a boca. - Julie deu um tapinha no ombro de Aaron.
- Ah, por favor, parem. - Felícia jogou uma bolinha de papel higiênico em cada um.
- Nós podemos mudar de vizinhança, sei lá. - Peter falou com uma bala de caramelo na boca.
- Talvez depois que você terminar de comer. - Felícia ria.
- Ou não. - Ele riu ainda com a bala na boca. - Nossa, isso é bom. - Ele falava da bala.
- Claro que é, isso deve ter sido muito caro, aquele cara era meio biruta. - Felícia rolou os olhos. - Tá, o que a gente vai fazer mesmo?
- Dar o fora daqui. - Julie disse puxando Aaron consigo e correndo rindo. Peter e Felícia os acompanharam até chegarem num bairro menos movimentado. - Perfeito. Ninguém daqui deve ter se preparado pro Halloween, vamos conseguir travessuras. - Julie sorriu.
Os quatro pararam em frente a uma casa e apertaram a campanhia. Ela demorou a ser atendida, mas logo tinha uma mulher magra e aparentemente feliz na porta.
- Doçuras ou travessuras? - A mulher coçou a cabeça.
- Droga... - Ela sussurrou. - Ahn, vocês devem estar no lugar errado, não acho que seja muito seguro vocês ficarem aqui...
- Doçuras ou travessuras, madame? - Julie a interrompeu reforçando a pergunta.
- Tá, se não querem me ouvir podem fazer o que quiser com a minha casa, vai lá. - Ela sorriu fraco e fechou a porta. Julie pulou sorrindo.
- Bom, não foi como eu imaginei, mas e daí?
- Ahn, acho melhor a gente ir embora... - Felícia tentou argumentar.
- Shiu, lice. - Julie pegou seus ovos e começou a decorar a casa com gemas nojentas. - Eu amo o Halloween! - Ela ria.
- Acho que já chega, amor. - Aaron gargalhou. - Você deve ter bebido demais.
- Ah, só mais algumas casas e a gente vai pro pra festa do Ben. - Julie pediu com seu tom persuasivo.
- Tá... - Aaron a abraçou e os quatro seguiram.
As duas casas seguintes foram as mesmas coisas. Pessoas preocupadas com aqueles jovens em tal bairro. Julie não se importava e fazia o que queria fazer. Depois eles estavam em frente a uma casa que tinha o poste quebrado e sua luz piscava sem parar.
- Doçuras ou travessuras? - Eles falaram novamente. O homem de estatura quase baixa os olhou desconfiado e pareceu atordoado quando percebeu alguma coisa.
- Ahn, com licença. - Ele se abaixou e cheirou as sacolas de Felícia e Peter. - Ahn, acho melhor vocês irem embora daqui. Agora. - Ele estava compenetrado.
- Ah, por favor, se você não tem doces, é só falar. - Julie resmungou.
- Não sei não Julie, é melhor a gente ir embora mesmo. - Felícia ainda olhava o homem.
- Então podem ir embora! Eu vou ficar aqui e pintar essa casa de amarelo. - Julie grunhiu numas oitavas mais altas.
- Julie... - Aaron tentou acalmar a namorada.
- É sério, meus jovens. - O homem sussurrou. A casa do outro lado da rua se acendeu toda. - Ai caramba. - Então uma criatura deformada apareceu na porta entreaberta do outro lado da rua. Havia pouca luz ali e não dava pra ver muito dela. Mas parecia humano e não parecia. - Eu disse pra ir embora! - O homem se exaltou e fechou a porta.
- Julie! - Felícia se assustou irritada.
A criatura se aproximava e agora dava pra ver cada imperfeição em seu rosto. Mas ainda assim era humana e não era.
- É uma maldição... - O homem de estatura quase baixa sussurrava da janela. - São essas balas que o Frankstein e a fadinha têm. Há algum tempo esse cara comeu as balas da garota que ele amava e desde então ele vem se deformando mais ainda. Sempre quando ele encontra balas desse tipo ele acha que vai poder virar humano.
- Ele não é humano? - Peter sussurrou pela primeira vez desde que estava nesse bairro. A coisa continuava rastejando lentamente.
- Não! - O homem retrucou. - As balas são feitas em pares todo ano. Para um garoto e uma garota que são alma gêmeas. Se qualquer outro comer tais balas ficarão como essa criatura. É uma maldição! - Peter e Felícia se olharam. Almas gêmeas? Os quatros tremiam.
- Ahn... - Peter gaguejava passando a mão no cabelo.
- Não temos tempo pra isso. Dêem as balas pra criatura!
- Mas nós não podemos dar nossas balas pra ninguém! - Felícia sussurrou.
- Quais foram as palavras exatas do feiticeiro que deu essas balas pra vocês? - Feiticeiro, hun? Peter e Felícia tentavam se lembrar. Humanos.
- Ele não é humano, certo? - Peter queria ter certeza.
- Não! - O homem se irritava.
- Bom, lice, nós não precisamos dessas balas pra ficar juntos, precisamos? - Peter suava frio, mas decidiu que aquele era o momento. A única oportunidade. Felícia sorriu branda.
- Não! - Ela mordeu o lábio inferior.
- Muito obrigado, cara! - Peter deu um jóia pro homem de quase baixa estatura que estava na janela. Ele agarrou a mão de Felícia, jogou os baldes na direção da criatura e saiu correndo com Julie e Aaron em suas solas. Ao chegarem o mais distante possível os quatro jovens viram uma criatura virar humano. Finalmente, ele tinha conseguido. Assim como Peter e Felícia.

Por Aline Armond, xx.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Quer dinheiro?

Eu: Ai, mãe, eu queria ser tão rica!
Minha mãe: Então aproveita a chance que Deus te deu e estuda, minha filha.


xx